sábado, 21 de janeiro de 2012

;)


Eu admiro o que me faz voltar pra ver a vida como eu sempre quis
Minhas verdades ninguém vai mudar, nem apagar o que foi feito aqui
Hoje eu sou o que restou da dor, da minha dor
Não posso me esconder
Mas que a verdade seja dita agora
Eu mudei por você, mas não quis sofrer por ser tão real pra mim
Vou, aprendo a viver e num segundo perder o medo de ser quem eu sou
Que a vida me leve afinal
Não tenho mais medo de errar e aprender
Com meus passos escuros

Sempre odiei a palavra decepção. Sempre tive medo de senti-la. Nem pronunciá-la eu consigo. Me dá um frio, aflige os nervos e apavora.
Dói. Machuca. Agride o peito e deixa o coração esmurrado, ferido, sujo, maltrapilha...
Viver uma decepção é tão traumatizante, que ando olhando pros lados, como se a tal decepção me perseguisse a todo instante, e a qualquer momento ela pudesse me revirar os sentimentos, fazê-los confusos a ponto de deixar que eu confunda lealdade com vingança.
É ameaçador, amedronta, espanta. É algo tão inseguro, que perco a fé nas pessoas e deixo de crer no afeto mutuo.
Decepção põe a saúde em risco ou algo assim. Não há dor pior do que a que vem do âmago da gente. Aquela dor que não cessa. Nem analgésicos consegue aliviá-la. O álcool já não consegue afogar aquela mágoa que fica pendurada no peito. Balançando feito um pêndulo, incapaz de cair e ir-se. E sumir.
Certo dia, sofri uma decepção tão amarga com um amigo que eu confiava tanto. Alguém que tinha como irmão. O via como uma exceção nesse mundo cão. Conversei com minha mãe, ela na sua infinita sabedoria disse-me: “Filha, o mundo é uma prova. As coisas simplesmente acontecem. Só não acontecem se a gente evitar. Dorme um pouco, chora outro pouco, deixa encharcar a alma. Daqui a pouco você acorda e sem menos sentir o mundo vai dar algumas voltas, essas voltas irão gerar alguns dias... E você esquecerá tudo, prometo.”
É mãe, meu mundo dá tantas voltas, gira tão depressa que eu acabo caindo. Tropeçando os mesmos erros. Vivendo a mesma agonia de ter uma confiança tão bem construída, desfalecida por tão pouco. E isso não tem como evitar.
Tem como julgar a atitude de uma pessoa sem que antes ela a faça? Tem como se descobrir que alguém não é tão legal quanto você imaginou se antes ele não mostrar seu lado não-tão-legal-assim? Tem jeito de a gente mudar o mundo e sair ‘infectando’ amor, compaixão, bondade e respeito no coração dos outros? Tem jeito?

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